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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Em evento da Folha de S.Paulo, Ronaldo Dias ressalta importância dos laboratórios oficiais



Presidente da Alfob reafirmou papéis econômico e social das entidades públicas para o Sistema Único de Saúde

Convidado pela Folha de S.Paulo para representar os laboratórios públicos brasileiros no Fórum Medicamentos Biológicos e Biossimilares, promovido pelo jornal paulista, o presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, expôs a importância das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e dos processos de transferência de tecnologia para o desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde no País. Além disso, defendeu enfaticamente a estruturação dos laboratórios públicos nacionais, como um dos pilares para o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Como estaria o Brasil no combate à Febre Amarela se não fossem os laboratórios públicos?”, indagou.

Participante da mesa da mesa “A produção brasileira de medicamentos biológicos e biossimilares”, ao lado de expositores como o diretor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Rodrigo Silvestre, e do presidente-executivo do grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, Dias teve como principais argumentos o exemplo do laboratório público que dirige, a Bahiafarma.

O laboratório baiano tem parceria com o laboratório coreano GenBody na produção de testes de diagnóstico e é o principal fornecedor do Ministério da Saúde para esse tipo de produto. Além disso, prepara-se para iniciar o fornecimento de insulina para o SUS, por meio de uma PDP com o laboratório ucraniano Indar. O acordo foi motivo de comentários dos outros participantes do debate. “O Brasil já chegou a produzir insulina, mas perdeu essa produção e, depois, o preço (do medicamento) dobrou, triplicou, ‘decuplicou’”, lembrou Arcuri. “É extremamente importante que o Brasil volte a produzir insulina.”

No evento, Ronaldo Dias ressaltou a importância da atuação dos laboratórios públicos não apenas no contexto do SUS, mas como um agente de controle de custos sociais. “Pegando esse exemplo da Febre Amarela, que está em destaque hoje: a vacina é feita pela Bio-Manguinhos, que é um laboratório público, os testes rápidos de diagnóstico são feitos pela Bahiafarma, que é um laboratório público”, argumentou. “Todas as ferramentas de combate a essa e a outras doenças são produzidas e disponibilizadas por laboratórios públicos.”

Além disso, Dias enfatizou o papel dos laboratórios oficiais na fabricação de medicamentos e produtos para a saúde que não atraem interesse da indústria privada, por pouca demanda ou por baixos preços de mercado. “Se não houvesse laboratórios públicos atuando em áreas que talvez não sejam interessantes para as entidades privadas, teríamos alto prejuízo financeiro, alto custo social e muitas perdas evitáveis de vida na saúde pública brasileira.”

Fonte: comunicação Alfob


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